sábado, 5 de maio de 2012

SOU OU ESTOU SEU HOMEM?


Faminta, degusta saborosamente os lábios de minha boca,

sem tempo para respirar, aperta-me ao máximo de sua força física.

Puxa e repuxa meus cabelos com as pontas de seus dedos,

ao me beijar, inspira profundamente, para que possa demorar mais tempo

com a língua ocupada, ao terminar respira com um ar inconfundível de um alívio,

que aparenta mais ser o último de sua vida.

Lambidas por todo corpo, leves mordidas e pequenos arranhões,

fazem parte de uma demonstração sem limites de excitação sexual.

Após tantos movimentos, mudanças de posição, suores,

e vários segundos deliciando-se de um múltiplo orgasmo, você dormiu.

Já é previsto sua rouquidão, por causa de tantos gritos e risadas de satisfação.

Já é previsto seu cansaço, após tanto esforço amoroso.

Será que gosta tanto de mim assim, ou está carente?

Será que após acordar, continuará acesa essa chama?

Nem você vai conseguir responder.

Vou esquecer essa expectativa ansiosa e aguardar.

Se vai continuar com esse fogo ou não, ninguém sabe.

O que importa é que por alguns momentos da minha vida,

fui o homem, o namorado, o amante, o macho da sua vida.

O que importa é você ter sido a fêmea que me fez sentir assim.

Depois, como a própria palavra diz,

é depois.


Cesar Carvalho

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